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Os livros da Katarina Kartonera são basicamente feitos à mão, capas que não se repetem, exclusivos, frutos de uma consciência social de inclusão, que recicla materiais como os papelões, vinculando na produção e circulação a participação de catadores, escritores, educadores, estudantes, pesquisadores e artistas.

Incentivo à literatura contemporânea, não comercial, com ações sociais, fortalecendo a cultura e a educação.

Colabore para manter viva a circulação literária alternativa sem fronteira e a cada R$ 35,00 ganhe um brinde, um livro do catálogo http://katarinakartonera.wikidot.com/livros

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Livros Transformam!


Itinerante, circulação literária

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OFICINA CARTONERA, 25 DE JANEIRO DE 2024, NO ESPAÇO LIVRE, EM SÃO THOMÉ DAS LETRAS, MG

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A ação faz parte das atividades de leitura e letramento para crianças de 0 a 100 anos a partir do livro Os Chuvosos, de Wilson Bueno, editora Katarina Kartonera, e do calendário de férias escolar do referido ponto cultural, com orientação da Thais Cristina Cacciacarro Parrilha,
Terapeuta.

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Exposição Do lixo ao tesouro, presente no Canadá, aportou em janeiro de 2024, na cidade de São Thomé das Letras, MG

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Editorial

Mudanças na Katarina Kartonera, Dirce Waltrick do Amarante e Sérgio Medeiros não fazem mais parte do nosso conselho editorial. Foram 15 anos satisfatórios, que elevaram o nome dessa editora ao mais alto nível de publicação e de visibilidade.

Agradecemos suas colaborações e desejamos sucesso em suas jornadas.

Já temos os substitutos, Arlindo Rodrigues da Silva (Juniores) e Sandro Brincher, Conselho editorial. Sejam bem-vindos, irmãos!


The Gateway: o jornal estudantil oficial da Universidade de Alberta, Canadá, publica artigo memorável sobre a exposição "From Trash to Treasure" (Do lixo ao Tesouro), Katarina Kartonera, outubro de 2023

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Link de acesso https://thegatewayonline.ca/2023/10/from-trash-to-treasure-exhibits-a-remarkable-phenomenon-sparked-by-recycling-cardboard/


Exposição Internacional Katarina Kartonera na Universidade de Alberta, Canadá, em outubro de 2023

Bruce Peel Special Collections, setor de obras raras, Universidade Alberta, Canadá 🍁 https://albertakartonera.ca

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Explore a coleção brasileira de livros Cartonera de Bruce Peel, a única do gênero no Canadá.

https://www.youtube.com/watch?v=kLX8zK-2YNQ&ab_channel=evandrorodrigues

Palestrantes convidados virtuais na recepção de abertura:

Evandro Rodrigues, Editor, Katarina Kartonera (Brasil)

Dirce Waltrick do Amarante, professora da Universidade Federal de Santa Catarina

Em Exibição:
1 a 31 de outubro de 2023
Hall de entrada sul de Rutherford

Recepção de abertura e lançamento do albertakartonera.ca:

5 de outubro de 2023, 15h30-17h30

Salão Henderson
(Rutherford Sul Foyer)


Lançado, dia 8 de agosto, na Caixa Preta, Bloco D do Centro de Comunicação e Expressão (CCE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), As máscaras de Medeia.

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As máscaras de Medeia é uma peça baseada em Medeia, de Eurípedes, criação coletiva, por alunos do cursos de Artes Cênicas da UFSC: Brenda Bernardino, Djulia Marc, Eduarda Gonçalves Viana, Esther Pickrodt, Helena Maradei, Laís Calderan, Laura Schmidt Bernardelli, Matheus Yoshino Russo, Miguel Tavares de Almeida, Nathállia Daiana, Vitoria Lima e Wander Silva dos Santos.

e-book https://online.pubhtml5.com/unogl/cwqw/#p=1

Na ocasião, foram confeccionados exemplares no formato cartonero (livros feitos artesanalmente com papelão).

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A professora Odile Cisneros, da Universidade de Alberta (Canadá) prestigiou o momento e falou sobre a exposição de livros da Katarina Kartonera que ocorrerá em outubro naquela universidade.

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Orientação Dirce Waktrick do Amarante, colaborações das professoras Gabriela Miola e Priscila Genara.

Apoio SeCArtE: Secretaria de Cultura, Arte e Esporte
https://secarte.ufsc.br/estudantes-de-artes-cenicas-da-ufsc-lancam-livro-as-mascaras-de-medeia/

https://www.facebook.com/secarte.ufsc/posts/pfbid0GEPBMnR8h9GwZJWR8vxGzhSxepY7AKeBTSpahD3ENLqzYk6MHjvjc5rpBYnzorALl

https://www.instagram.com/p/CvzoOWeMvlx/?utm_source=ig_web_copy_link&igshid=MzRlODBiNWFlZA==


Notícias UFSC

Estudantes de Artes Cênicas da UFSC lançam livro "As máscaras de Medeia" no dia 8 de agosto https://noticias.ufsc.br/2023/07/estudantes-de-artes-cenicas-da-ufsc-lancam-livro-as-mascaras-de-medeia-no-dia-8-de-agosto/

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Bem-vindo a Bloomusalém in III WORKSHOP IN PROGRESS by Joyce Studies in Brazil, june 21st 22nd 23rd

O referido evento aconteceu no Teatro Carmen Fossari, Universidade Federal de Santa Catarina. Organizadores, Dirce Waltrick do Amarante e Vitor Alevato do Amaral, com participação de convidados super especiais, como Donaldo Schüller, Sérgio Medeiros e Tarso do Amaral.

Programação http://katarinakartonera.wdfiles.com/local--files/inicial/III%20WORKSHOP%20-%20PROGRAM%20-%20folheto-2.pdf

e-book https://online.pubhtml5.com/unogl/sbfo/

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NOTA À 5ª EDIÇÃO TRAJETO KARTONERO, 2023.

Disse que a 4ª edição seria a derradeira. Mas, depois de novas entrevistas,
nota-se um desejo antigo, recortar um capítulo inteiro,
totalmente desnecessário, 5, “PELO VIÉS DA ANÁLISE LITERÁRIA:
a viagem do cosmonauta”, página 90. Foi-me já solicitado na
qualificação, por orientadores, que não interessava mais, na dissertação, o blá-blá-blá de
teorias literária e filosófica, estudadas durante o curso de pós-graduação,
2009 / 2011, UFSC. Que seria interessante o registro de minha
participação no processo da pesquisa de mestrado sobre o cartonerismo, como testemunha ocular,
incluindo a criação da Katarina Kartonera, 2008, e as decorrentes
publicações de livros cartoneros, desde marinheiros de primeira viagem
até escritores(as) consagrados(as) da literatura contemporânea. Continua
a mesma dissertação, “um sim e um não”, segundo Myrian Ávila, UFMG.
Tem seu valor de ousadia, pioneirismo e de memória. Transformara-se em um livro cartonero. Em
2023, as cartoneras seguem se multiplicando sem fronteiras.

Evandro Rodrigues, editor responsável.

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e-book https://figshare.com/articles/thesis/Trajeto_Kartonero/20182145


Festival de teatro QUANDO, ONDE E COMO? na Caixa Preta da UFSC

Lançamento de Bem-vindo a Bloomusalém, com sorteio de livros. Disponível e-book https://online.pubhtml5.com/unogl/sbfo/

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O festival ocorrerá no dia 17 de dezembro de 2022 na Caixa Preta, Bloco D CCE - UFSC, "às 19:00h"

Entrada gratuita e o festival faz parte da programação do MAÇA 2022

“O que você está olhando” remete ao título de uma peça da escritora norte-americana Gertrude Stein (1874-1946), A psicologia das nações ou o que você está olhando, escrita em 1920.

Com exceção do ponto final, Stein não apreciava sinais como exclamação, interrogação e vírgulas. Portanto, “o que você está olhando” pode ser lido como uma pergunta ou como um fato dado. Ou ambos.

- O que você está olhando?

- Eu estou olhando o que você está olhando.

O enigma não se explica na escrita de Stein e se põe diante de nós para ser observado.

Tudo isso está nas quatro peças deste festival: Bem-vindos a Bloomusalém, Minha pequena Irlanda, Quando elas esperam e México.

Mais informações https://valdirj06.wixsite.com/oquevoceestaolhando


Recepção Literatura Cartonera

Caetano W. Galindo, professor da UFPR, tradutor e escritor curitibano, com o exemplar Bem-vindo a Bloomuasalém, publicação não comercial pela Katarina kartonera, 2022, adaptação para gênero teatral, criação coletiva por professores e alunos UFSC, dos episódios XV e XVII da obra Ulisses,  do irlandês James Joyce, tradução por Bernardina Pinheiro e pelo paranaense em questão, que venceu, em 2013, dois importantes prêmios — Academia Brasileira de Letras e Jabuti.

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A obra Ulisses, de James Joyce, em 2022, completa 100 anos. E-book https://online.pubhtml5.com/unogl/sbfo/


Bem-vindo a Bloomusalém, em comemoração ao ano do centenário da obra Ulisses, de James Joyce, é Notícias UFSC!

Acesso https://noticias.ufsc.br/2022/09/lancamento-do-livro-em-comemoracao-ao-ano-do-centenario-da-obra-ulisses/

O livro foi publicado pela editora Katarina Kartonera, organizado por alunos de diferentes cursos de graduação da Universidade Federal de Santa Catarina, sob a supervisão da Profa. Dra. Dirce Waltrick do Amarante. O objeto-arte conta com paratextos dos organizadores e dos professores Profa. Dra. Maria Rita Drummond Viana, Prof. Dr. Traso do Amaral e Prof. Dr. Vitor Alevato do Amaral. A publicação contou com o apoio do Centro de Comunicação e Expressão, Departamento de Artes, Pós-graduação em Estudos da Tradução e Grupo de Estudos Joycianos no Brasil.

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Fotografia Lorenzo Sclicks

BEM-VINDOS A BLOOMUSALÉM (ADAPTAÇÃO DOS EPISÓDIOS XV e XVIII DE ULISSES, DE JAMES JOYCE) é uma CRIAÇÃO COLETIVA dos seguintes discentes:

Angela Antunes, Aurélio Bruno, Caroline de Jesus, Ellen Petzinger, Guilherme Lohn, Lola Martins, Lucas Brisot, Luisa Vieira, Luiza Balk, Luíza Barbosa, Melissa Versari, Natally Arboite Berzagui, Paula Scalvin, Rafael Gregório, Ryan Dassoler, Taina Martins, Valdir Junior e Wander Santos

Nota à edição

Dirce Waltrick do Amarante

Dizem que o escritor irlandês James Joyce (1882-1941) escreveu uma única peça teatral, Exilados (1918), a qual, para a crítica, fica distante da ousadia das outras obras do autor, como os contos de Dublinenses (1914) e seus dois últimos romances, Ulisses (1922) e Finnegans Wake (1939).

Acredito, contudo, que Joyce é autor não de uma, mas de duas peças teatrais: a segunda é Circe (a feiticeira da mitologia grega, especialista em venenos e drogas), como é conhecido o episódio XV do seu romance mais célebre, Ulisses, composto de dezoito episódios, escritos em diferentes formas narrativas.

O episódio XV, que explora a escrita de textos dramáticos, transcorre à noite numa rua com bordéis. Em cerca de 150 páginas, atuam mais de duas dúzias de personagens, e tudo fala: os objetos, a natureza; e, por isso, o barulho é intenso. As personagens estão bêbadas, cansadas, a atmosfera é onírica e, como em um sonho, ou delírio, tudo pode acontecer: julgamento, nascimento, morte; os falecidos retornam e há mudanças abruptas, sem fio narrativo.

No ano do centenário de Ulisses, publicado originalmente em 1922, pareceu-me interessante explorar a dramaturgia de Joyce com os alunos de Artes Cênicas da Universidade Federal de Santa Catarina e de outros cursos, que se juntaram a eles, na disciplina Escrita Dramática I, que ministrei no primeiro semestre deste ano.
Adaptamos não só o episódio XV da odisseia joyciana, mas também o XVIII, que é um monólogo, o de Marion (Molly) Bloom, mulher de Leopold Bloom, o judeu protagonista do romance. O monólogo se estende por mais de 100 páginas praticamente sem pontuação e é considerado um dos pontos altos da literatura mundial.
Na adaptação proposta pelos alunos, o episódio XV do romance, em tradução de Bernardina Pinheiro e de Caetano Galindo, foi condensado em cerca de 30 páginas em que se destaca a figura de Leopold Bloom.
Discutimos as propostas de cenário com base, principalmente, em uma obra de Lygia Pape (1927-2004), Divisor, que é uma performance dos anos 1960 em que pessoas caminham embaixo de um pano branco com a cabeça de fora. A performance discute a liberdade individual em sociedade. Propondo uma performance semelhante, a peça também trata da liberdade individual (dos irlandeses, dos judeus, das mulheres etc.) em uma sociedade colonizada pela Inglaterra, antissemita e sob o jugo da igreja católica.

A obra de Pape ajudou também a pensar o figurino, ou o não figurino, já que todos estariam com parte do corpo embaixo do pano. A luz foi pensada tendo como modelo a obra Roda dos prazeres, também da artista brasileira, criada na década de 1960.

No palco, percebemos que determinadas escolhas que constavam no texto adaptado não se sustentavam fora do papel. O palco mudou então o texto dramático. No decorrer do processo, personagens desapareceram e outras surgiram com a desistência de participantes. Esse foi o caso da cabeça de cavalo, que surgiu para suprir a ausência de um ator. Além disso, ela remete ao sonho e ao delírio, algo completamente nonsense e surreal à moda do filme O fantasma da liberdade (1974), do cineasta espanhol Luis Buñuel (1900-1983).

Nada foi por acaso nesse processo, ainda que o acaso tenha sido fundamental para a elaboração da peça.

Acesso gratuito ao livro: https://online.pubhtml5.com/unogl/sbfo/


Para próximo Workshop

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Pesquisadora Ariadne C. Santos, Doutoranda (DTLLC-USP), faz post lindo no Instagram @carton.em.movimento!

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Já está disponível o maior catálogo da Katarina Kartonera, 37 títulos, na University of Alberta, Canadá!

"É uma coleção muito especial—ela se encontra em 'Special Collections', uma parte da biblioteca para livros raros, por serem materiais que precisam de um cuidado especial: https://bpsc.library.ualberta.ca/", Odile Cisneros, PhD Associate Professor.

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Acesse link https://catalogue.neoslibraries.ca/?lib=universityofalberta&q=kartonera&search_field=all_fields


Em breve, peça teatral Joyciana em formato livro pela Katarina Kartonera. A arte resistindo ao "mundo incorrigível ".

"No centenário do romance 'Ulisses', do escritor irlandês James Joyce (1882-1941), a turma da disciplina 'Dramaturgia I', ministrada pela professora Dirce Waltrick do Amarante, da Universidade Federal de Santa Catarina, leva para o palco a peça 'Bem-vindos a Bloomusalém', uma adaptação do décimo quinto e do décimo oitavo episódios da odisseia joyciana. Tarde da noite Leopold Bloom, o judeu errante protagonista do romance, está nas ruas dos bordéis de Dublin, adiando seu retorno ao lar, onde Marion (Molly) Bloom, sua mulher, que ele acredita deva ter um caso amoroso, o espera. A bebida e o sono levam ao delírio, o ponto alto dessa peça."

Assista, abaixo, apresentação via You Tube.

Bem-vindos a Bloomusalém

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[https://youtu.be/X6dOGo7x8rM]

Elenco:

Angela Antunes - Produção
Aurélio Bruno - Produção
Caroline de Jesus - Boylan/Sabonete
Ellen Petzinger- Cissy
Guilherme Lohn - Leopold Bloom
Lola Martins - Cafetina
Lucas Brisot- Stephen Dedalus
Luiza Balk- Driscool
Luíza Barbosa - Molly Bloom
Melissa Versari - Maquiagem
Natally Arboite Berzagui - Ninfa
Paula Scalvin - Ellen Bloom
Rafael Gregório - Iluminação
Ryan Dassoler - Dr Dixon
Taina Martins - Breen
Valdir Junior - Direção
Wander Santos - Soldado

Orientação: Dirce Waltrick do Amarante, professora titular UFSC, Artes Cênicas e do Programa de Pós-graduação em Estudos da Tradução da UFSC. Escritora, ensaísta e tradutora.

Livro Datados, poesia, por juniores

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[Encomenda de livros impressos, confeccionados artesanalmente sob demanda, com capas que não se repetem, via whatsapp (48) 991696122]

Acesse abaixo link E-book Grátis

https://online.pubhtml5.com/nxyg/bxlw/#p=11

"Sou um homem
quase
poeta
quase
fiz uma música
quase chiclete
e agora
quando me pedem pra cantar
quase engasgo
rio amarelo
e
quase não sei o tom
pra pedir desculpa" [juniores, 28/12/17]

Faz algum tempo que surgiu, na Argentina, Buenos Aires, 2003, o fenômeno editorial “cartonero”. A palavra tem origem em “cartón”, papelão em espanhol. Os catadores de papelão são chamados de “cartoneros”. Foi aí que Washington Cucurto, escritor, e Javier Barilaro, artista plástico, criaram pela primeira vez o objeto livro feito a partir de capa de papelão, “cartón”, com uma cooperativa de publicação de livros, aliados aos trabalhadores “cartoneros”. Deram o nome de Eloisa Cartonera: “Mucho más que libros”. Transformaram o lixo em luxo. Publicaram escritores consagrados ou não, entre outros, Cesar Aira e Douglas Diegues. Vendem as pequenas obras no atelier, instalado na região onde está o famoso estádio do Boca Juniors. Também comercializam os produtos pelas ruas, praças, bares, etc.

A iniciativa chamou atenção de leitores e da imprensa internacional. Foram convidados a participar de inúmeros eventos, inspirando outros agentes culturais, escritores, leitores, artistas e pesquisadores sem fronteiras. Estiveram em 2007 na 27ª Bienal de São Paulo, em contato com Lúcia Rosa, incentivaram na criação do coletivo Dulcinéia Catadora, que destaca seus títulos mais relevantes Homens de Papel, de Plínio Marcos (teatro), O Monstro e o Minotauro, de Laerte e Paulo Scott (cartoon e poesia) e Auto-retrato aos 90 anos, de Manoel de Barros (poesia).
Aos poucos, “brotam como flor na bosta da vaca”, diz Diegues, se expandem pelos países da Sudaka Ameríndia até América do Norte, Europa e África. Essas editoras perfazem em centenas, mais que centenas de títulos publicados, com milhares de exemplares comercializados. A arte contemporânea pede outras vias de passagem. Segundo o francês Nicolas Bourriard, curador e crítico de arte, anuncia então projetos por espaços públicos e privados, buscando sobreviver nas relações de contato e convivência:

"A questão não é mais ampliar os limites da arte, e sim testar sua capacidade de resistência dentro do campo social global. Assim, a partir de um mesmo conjunto de práticas, vemos surgir duas problemáticas totalmente diversas: ontem, a insistência sobre as relações internas do mundo artístico, numa cultura modernista que privilegiava o ‘novo’ e convidava à subversão pela linguagem; hoje, a ênfase sobre as relações externas numa cultura eclética, na qual a obra de arte resiste ao rolo compressor da ‘sociedade do espetáculo’. As utopias sociais e a esperança revolucionária deram lugar a microutopias cotidianas e a estratégias miméticas: qualquer posição crítica ‘direta’ contra a sociedade é inútil, se baseada na ilusão de uma marginalidade hoje impossível, até mesmo reacionária. Há quase trinta anos, Félix Guattari já saudava essas estratégias de proximidade que fundam as práticas artísticas atuais (BOURRIAUD, 2009, p.43)."

Esse livro fetiche, em formato cartonero, que chamou minha atenção, em 2008, para uma pesquisa de bacharelado, letras, na Universidade Federal de Santa Catarina, fez nascer, no mesmo ano, a Katarina Kartonera. Katarina se refere ao estado de Santa Catarina (BR); Kartonera é uma referência ao modelo de produção dos livros. Publicamos poucas dezenas de títulos, mas de alto nível, sejam escritores experientes ou aqueles que buscam oportunidade para demonstrar seu trabalho ao público. O conselho editorial, nossa referência, trata-se de Dirce Waltrick do Amarante e Sérgio Medeiros. São reconhecidamente professores titulares UFSC, escritores, tradutores e ensaístas. Este espaço é para a poesia, como a poesia é para todos, “desde que se sustente”. Apresentamos agora juniores, ex-colega de graduação, “irmão”, pesquisador, que há muito tempo desenvolve suas habilidades tanto na escrita quanto pela música, cantor e letrista. Amadureceu e inaugura aqui, para nosso prazer, Datados [2014/2018]. Poesia.

Seja bem-vindo!

Do editor, 13/05/2022.


4º Seminário de Estudos do Gótico 24 a 26 de agosto de 2021 na UFSC

Evento faz referência sobre Ojepotá e outros três tristes contos tétricos, livro publicado em parceria Katarina Kartonera & Pós-Graduação em Estudos da Tradução / PGET, Universidade Federal de Santa Catarina, 2019.

https://4seminariodestudosdogotico.cce.ufsc.br/mistiforio/

https://4seminariodestudosdogotico.cce.ufsc.br/


Disponível a primeira edição da revista Qorpus de 2020. Traz um ensaio sobre produção de livro, O gato e el diablo, de James Joyce, Katarina Kartonera & grupo de pesquisadores PGET / UFSC, 2019.

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"O traduzir em imagens (PDF)
Alison Silveira Morais et al."

https://qorpuspget.paginas.ufsc.br/files/2020/03/ENSAIO7_O-traduzir-em-imagens_p%C3%A1ginas_87-106.pdf?fbclid=IwAR2sqPs9efYLdHKD18N3BQkVUZWf95gvFkyFJvhP_IE2tMKn6oqF1-uX5lM

Revista:

https://qorpuspget.paginas.ufsc.br/?fbclid=IwAR3zu3iO4edb26tiftibagNLVWNncHAVL9pQrCKzN9pnK6ex7PBUBmA6fUY


Podcast

Pós-Graduação em Estudos da Tradução / PGET, Universidade Federal de Santa Catarina, lança novo programa no podcast: "PGET Experiências". Confira o primeiro episódio da temporada, Ojepotá e outros três tristes contos tétricos, sobre o livro publicado em parceria com Katarina Kartonera, 2019.

Podcast disponível nas seguintes plataformas: Anchor, Itunes, Spotify, Google Podcast e outras.

https://anchor.fm/pget-podcast/episodes/PGET-Experincias---T1E1---Processo-de-traduo-e-organizao-do-livro-Ojepot-e-outros-trs-tristes-contos-ttricos-e9sfgp/a-a1846kh?fbclid=IwAR2hKcR4w-AwbuspNjckiNvvYQ_JEXxId6vs_JT3I1kHmPlxG8Pr_nqeqjk

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RODRIGUES, Evandro. CICATRIZES: ensaio sobre as línguas africanas no Brasil. Florianópolis — SC. Ed. Katarina Kartonera

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3ª Edição e-book https://pubhtml5.com/nxyg/xrrx


Disponível versão e-book das publicações Katarina Kartonera, links abaixo.

Ojepotá e outros três tristes contos tétricos:

http://pubhtml5.com/nxyg/atxk

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O gato e el diablo:

http://pubhtml5.com/nxyg/djfs

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Projetos em parceria com Pós-Graduação em Estudos da Tradução, PGET, é notícia na UFSC:

https://noticias.ufsc.br/2019/11/pget-e-dlle-lancam-a-obra-ojepota-e-outros-tristes-contos-tetricos/?fbclid=IwAR3biOPXcMa0fXUJPOepyzLNUWDlxDAX4stcanrV4cxmIsD_ZGohnxNhqzA

Lançamento de Ojepotá e outros tristes contos tétricos

Antologia que contempla um conto do francês Guy de Maupassant (1850-1893), um do uruguaio Horacio Quiroga (1878-1937), um terceiro da norte-americana Shirley Jackson (1916-1965), e uma narrativa oral mbyá-guarani.

Traduzidos, organizados, ilustrados, revisados, confeccionados na sua forma física, capas e até costuras, por um excelente grupo de pesquisadores, sob orientação professora Dirce Waltrick do Amarante.

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Presenças ilustre, durante lançamento, da professora Odile Cisneros, University of Alberta, Canadá.

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Prefácio

As traduções literárias coletivas ou em parceria têm se apresentado cada vez mais como um exercício profícuo e criativo, e com certeza necessário, em disciplinas e oficinas que envolvem a prática da tradução dentro das universidades, nos cursos de graduação e pós-graduação. É através delas, e nas trocas com o outro, que também pode-se experienciar e aprimorar o fazer tradutório. Para Haroldo de Campos (2006),

"O problema da tradução criativa só se resolve, em casos ideais, a nosso ver, com o trabalho de equipe, juntando para um alvo comum linguistas e poetas iniciados na língua a ser traduzida. É preciso que a barreira entre artistas e professores de língua seja substituída por uma cooperação fértil, mas para esse fim é necessário que o artista (poeta ou prosador) tenha da tradução uma ideia correta, como labor altamente especializado, que requer uma dedicação amorosa e pertinaz, e que, de sua parte, o professor de língua tenha aquilo que Eliot chamou de "olho criativo", isto é, não esteja bitolado por preconceitos acadêmicos, mas sim encontre na colaboração para a recriação de uma obra de arte verbal aquele júbilo particular que vem de uma beleza não para a contemplação, mas de uma beleza para a ação ou em ação (2006, p. 46-47)".

Vale a pena mencionar que a tradução coletiva já teve importantes precedentes: Joyce colaborou com a equipe de tradução de seu Finnegan's Wake para o francês e o italiano e Octavio Paz contou em suas traduções com diferentes colaboradores (japonês, chinês ou sueco), de acordo com os idiomas. No entanto, a primeira experiência de tradução coletiva organizada não aconteceria até 1983 no Centre littéraire de la Fondation Royaumont (mais tarde, Centre de Poésie & Traduction), dirigida pelo poeta Bernard Noël, e na qual Rémy Hourcade e Emmanuel Hocquard, entre outros, colaboraram (CURELL, 2013,
p. 640. Bulletin hispanique).

É muito mais complexo decidir sozinho, não só com relação aos problemas de transmissão e atribuição, especialmente os culturais, como também no que se refere ao melhor registro, ao tom e ao ritmo apresentados pelo texto. Quando a responsabilidade é compartilhada pelo grupo, competências, habilidades e conhecimentos individuais ganham evidência e se transformam em coletivo, gerando positivas negociações (ECO, 2007) para o texto. A tradução coletiva aqui realizada trata do encontro de diversas leituras de um mesmo texto, o que garante que os resultados foram suficientemente debatidos e contrastados, respeitando o ponto de vista de todos os envolvidos no processo.

Assim, este livro, Ojepotá e outros três tristes contos tétricos, que é o resultado de algumas experiências coletivas desenvolvidas no campo da tradução literária, compartilha com o leitor não só quatro contos “tétricos”, como o título aponta, previamente selecionados, como também quatro escritores, quatro textos que antecedem propriamente os contos, quatro gravuras que ilustram os contos (comentadas ao final do livro), e trinta e quatro mãos que os traduzem.

“Histórias de Ojepotá contadas por um xeramoi, narrativa guarani”, abre o livro. Trata-se de uma história intrigante, contada oralmente por Azelino Mariano, da etnia Mbya-Guarani, sobre o ojepotá (lugar ou algo muito sombrio depois da vida) de karai Alcides. O conto enfatiza às crianças e adolescentes a importância de se respeitar e levar em conta a vontade e sabedoria dos mais velhos ‒ xeramoi ‒ e em manter vivas as suas tradições e os seus rituais.

Na apresentação do conto, os tradutores, Márcia Antunes Martins e Samuel de Souza (também ilustrador), evidenciam o valor de se “repassar os ensinamentos dos xeramoi para que outros possam ter uma vida digna e sem maldade no coração e na alma”.

O segundo conto, “A galinha degolada” (1917), um dos textos mais conhecidos do escritor uruguaio Horácio Quiroga, é ao mesmo tempo fascinante e assombroso. Ele conta a história de um casal que tem 4 filhos com deficiência intelectual e que, ao nascer uma linda menina, após o medo dela se tornar igual aos irmãos, passa a ser mimada e cercada de zelo, diferente do tratamento dado aos irmãos que são descritos como verdadeiras aberrações. A narrativa conduz o leitor a uma sequência de fatos fora do comum que beiram o horror e o bizarro.

Segundo os tradutores, autodenominados “profanadores” do texto ‒ Félix Lozano Medina, Jacqueline Augusta Leite de Lima, Vássia Silveira, Luciana Lomando Cañete e Mauro Maciel Simões ‒ “traduzir a galinha degolada e esquartejada para servi-la assim, na bandeja da ambiguidade, com pitadas de grotesco e num ritual profanador, foi a tarefa a que nos dispusemos.” A ilustração é de Alison Silveira Morais.

O terceiro conto traduzido, “A Loteria”, de Shirley Jackson (1948), qualificado como denso e violento, narra a história de um ritual bárbaro e macabro chamado “loteria”, que acontece todo 27 de junho em uma pequena cidade norte-americana ‒ a princípio pacífica e monótona, conforme se espera de uma cidade pequena de 300 habitantes. A violência desmedida e gratuita, que parte de pessoas consideradas comuns, tem a anuência de todos os “cidadãos de bem” da cidadezinha, que a veem como um acontecimento banal e esperado. O conto nos faz pensar sobre os horrores sociais e as chamadas "tradições" comunitárias, e o quão desumanas e bárbaras elas podem ser.

Sendo assim, os tradutores ‒ Alison Silveira Morais (também ilustrador), André Luiz Cohn da Silveira, Fabrício Leal Cogo, Kátia Barros de Macedo, Lauro Luis Souza de Henrique e Natália Elisa Lorensetti Pastore ‒ enfatizam, acertadamente, que buscaram manter o “aspecto de crítica e reflexão trazidos pela autora, cuja pertinência de discussão se faz imprescindível em todas as épocas, de modo a instigar incômodo e reflexão no leitor, assim como o fez Shirley Jackson”.

O quarto e último conto, “A mãe aos monstros” (1883), do poeta e escritor francês Guy de Maupassant, considerado fantástico, extraordinário, cruel e chocante, é causador de inquietações e estranhezas no leitor. O narrador conta a história de uma horrenda mulher ‒ verdadeira curiosidade de uma cidade ‒ conhecida como “A Diaba”, que fabricava monstros: paria crianças deformadas durante a gestação para serem posteriormente vendidas aos que lucravam com seu exibicionismo, em show de horrores. No entanto, além desta, há uma outra mãe sinalizada na narrativa.

Os tradutores ‒ Brenda Bressan Thomé, Ivi Villar (também ilustradora) e Murilo Lima Munhoz ‒ expõem que enquanto a primeira das mães “profana o seu corpo em nome do dinheiro (e da sobrevivência), a outra o faz em nome da beleza (e de manter sua posição em uma sociedade de aparências)”. […] A mãe dos monstros “é aquela que não seguiu os dogmas da sociedade da época, engravidou sem se casar, foi obrigada a esconder o filho o máximo possível, pois isso a tornaria uma pária. Ela é, portanto, considerada monstruosa.” Assim, com a intenção de manter o estilo e as ambiguidades propostas por Maupassant, os tradutores se esforçaram por “transpor as qualidades profanadoras do realismo com nuances impressionistas, fantásticas, horríveis e cínicas deste conto.”

Que esta coletânea de contos traduzidos em parceria sirva de estímulo à formação de outros grupos e de novas publicações. Parabéns a todas as tradutoras e tradutores envolvidos nesse belo projeto e especialmente à Dirce Waltrick do Amarante. Agora desfrutem da instigante leitura de Ojepotá e outros três tristes contos tétricos.

Andréa Cesco, novembro de 2019.

O gato e el diablo de James Joyce

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Tradução do conto “The Cat and the Devil”, que o escritor irlandês James Joyce escreveu especialmente para o seu neto, um garotinho de 5 anos.

Nessa tradução, adaptada para o leitor brasileiro, a trama original, que acontece numa cidadezinha da França, transfere-se para a Corrientes, na Argentina, e a partir daí, a trama ganha um tom latino-americano.

Tradutor Félix Medina e Ilustrações de Alisson Moraes

Prefácio

James Joyce contador de histórias

O escritor irlandês James Joyce nasceu em Dublin, capital da Irlanda, em 2 de fevereiro de 1882. Durante toda a sua vida, nutriu por seu país sentimentos contraditórios: por um lado, não entendia como os irlandeses podiam ficar tão apáticos diante dos colonizadores ingleses, reprovando, por isso, seus compatriotas; por outro lado, porém, sentia-se tão ligado à sua terra, a Dublin especialmente, que chegou a declarar que se um dia a cidade desaparecesse do mapa, ela poderia ser reconstruída a partir das páginas dos seus livros. De fato, em todos os seus romances a Irlanda e os conflitos irlandeses aparecem, o que pode ser verificado inclusive em O gato e o diabo. Nesse conto, que o escritor enviou de Villers-sur-Mer, França, para o neto Stephen J. Joyce, então com quatro anos, em uma carta, a Irlanda está presente tanto na figura do diabo, que fala com sotaque irlandês, quanto no prefeito, cujo nome é o do primeiro prefeito de Dublin depois da independência do país em 1922.

Nesta nova tradução do conto, Félix Lozano Medina transporta o gato e o diabo joyciano para a América Latina, dando um sabor todo especial ao texto do mestre irlandês. Se no texto original o diabo fala francês, nesta versão latina ele fala espanhol com forte sotaque carioca.
Stephen lembra que seu avô “foi um escritor célebre. Muita gente achava, então, e muitos acreditam ainda hoje, que o que ele escreveu é complicado e difícil de entender. Apesar disso, ele teve tempo de se sentar e de me contar essa história maravilhosa, numa língua muito simples, muito direta, numa linguagem fácil para uma criança de quatro anos”.
Segundo Stephen, James Joyce foi um grande contador de histórias: “Nonno me contou outras histórias, sobretudo no último ano da sua vida. De manhã, eu me sentava ao lado da sua cama e ele me contava as viagens, as provações e as aventuras de Ulisses, herói da Grécia antiga; tudo isso sempre numa linguagem simples e direta para uma criança de oito anos, idade que eu tinha então. Nós nunca tivemos a menor dificuldade em nos entender”.

O escritor morreu em Zurique, no dia 13 de janeiro de 1941.

Dirce Waltrick do Amarante
Dra. Curso Pós-Graduação em Estudos da Tradução – PGET / UFSC


Convite

II° Debate PERFORMANCE MATER

Por meio de um debate realizado à luz dos desdobramentos e hibridizações que intrincam as relações entre a editoração e a literatura, literatura e sociedade e mercado literário e mercado de consumo, os convidados discutirão os limites entre a literatura contemporânea e a propriedade intelectual versus “produto” de arte.

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__Dia 04/08 das 19 às 21h

Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura

Av. Paulista, 37 | CEP 01311-902 | Bela Vista / São Paulo__

Participações:

Evandro Rodrigues é mestre em Literatura com ênfase em Teoria Literária pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Bacharel em Letras pela mesma Universidade, pesquisador de literatura cartonera, oficineiro, produtor cultural e editor da Katarina Kartonera.

Márcio Abecê é jornalista e escritor, tendo publicado cinco romances, com destaque para Desrumo e Na pele dos meninos, na ocasião apresentará temas correlatos do seu último romance Estado Bruto.

Mediação: Laercio Silva


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Oficinas cartoneras

Esta obra foi selecionada pela Bolsa Biblioteca Nacional / Funarte de Circulação Literária.

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http://oficinascartoneras.blogspot.com.br/


O menino da sua mãe, de Djami Sezostre

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Sezostre, professora Bianka de Andrade Silva, CEFET / MG, e Lisboa.

APRESENTAÇÃO*

O menino da sua mãe, de Djami Sezostre, é “interessante”, disse Sérgio Medeiros, conselheiro desta editora, poeta, tradutor e ensaísta. Aqui publicou O sexo vegetal (2009), Bafo & Cinza (2010) e Figurantes (2011).

E o que mais um livro desejaria se não despertar o interesse do leitor?

Esta última obra publicada pela Katarina Kartonera causa estranhamento. Porque os poemas que se seguem, reunidos ou isolados, atestam alto grau de perplexidade. Uma pergunta fica. Quem seria o menino? Os poemas, comentou Sezostre, “nasceram de um interior que nos habita e não sabemos o que fazer com ele”.

Fiz conjecturas, aproximações, inevitáveis. Lembrei doutro menino, na obra Boitempo, poesia, de Carlos Drummond de Andrade, publicada em três volumes (1968/73/79), com função memorialística, considerada como testemunho, remetendo à infância rural do poeta, em seu passado no interior de Itabira.

Outro. Valêncio Xavier, em Minha mãe morrendo e o menino mentido, gênero romance, com forte apelo à narrativa visual, fotografias, recortes etc; desdobra-se de dois livros (álbuns de lembranças), publicados em único volume em 2001. Na primeira parte trata da “minha mãe morrendo”, biografia; e, na segunda, “o menino mentido”, autobiografia, narrada por um velho, personagem, que menciona coisas várias que aconteceram na sua infância, como a descoberta do amor, do sexo e a relação com a mãe, abarcando tempos distintos. Poder-se-ia dizer anacrônico.

Todavia, O menino da sua mãe é diferente. São poemas que tratam duma certa cosmogonia, nascimento e desaparecimento. Poema Constelação abre essa natureza complexa do volume, que não se deixa nunca entender: “Lenheira estranha indecifrável” (Arenga). Inquietante. Um menino do escritor com rastro no cerrado mineiro, escrito a partir da linguagem, “falofalar” (Animalista), erótico, donde falar (oralidade) antecede a escrita, “E começou a falar / A língua dos vegetais (…) // Assim. Primeiro, a falar / A língua da natureza:” (Protopoetry), contaminado de Tupis e guaranis, povos primitivos e remanescentes do Brasil, dialogando fortemente com o cristianismo. Registra traços pré-Anchieta, ameríndio, perspectiva do xamanismo, até mesmo antropofágico. Destaco trecho, no poema Noema: “quem vai me defender se euíndio”. Altera a forma: “Descobriu que tinha uma / Árvore no meio das pernas / E chamou a floresta para / Mostrar a árvore que tinha” (Sexo panacea). Tem muitos nomes: “Os seus nomes são meus nomes” (Numes). É insólito para os padrões da cultura ocidental greco-romana .

O menino da sua mãe apresenta corpo indefinido e ou multifacetado, como “A sua própria línguahímen” (Animalista), hibridismo entre o português, pitadas da língua do autóctone brasileiro, inglês, grego, latim, palavras compostas etc. É lírico, com caráter subjetivo de tempo, atemporal. Diz no poema Ara puka: “Ao redor do corpo / Crescia a medusa / E o corpo se perdia / Ao redor do corpo / E a Medusa se perdia / Ao redor do corpo / Ao redor da Medusa / Nascia o infinito”. Em Selvageria é “O menino de ninguém / Era a própria mãe / que ele comia com / A boca e o sexo”. Orgânico e inorgânico a mesma maneira: “Ódio de Deus / O menino da sua mãe / Se perdeu na terra (…) / na água (…)/ no fogo (…) e /no ar” (Ódio de perdição), e “, Ninguém, mais, sabe, onde, ele, está, / Se, está, vivo, se, está, na, mãe, ou, na, terra, / Se, ele, inseto, hera, se, fez, abismo… (Vírgula).

Quadro indomável, “incendiário que hera” (Coivara). Preserva o verde, pintando com “Lápis e lazúli / O menino yellow ao sol”, e, “Tinha medo de ser azullost” (Lazúli), azul fantasma.

O autor faz uso prioritariamente do recurso de linguagem da metáfora, pertinente no gênero poesia, ou metapoesia, como dirá no posfácio Leo Bryan Lisboa. Resumidamente, en passant, Sezostre fecha com o poema O arqueiro, afirmando não haver resposta, “(…) ninguém responde / a não ser a natureza/ e o arqueiro”, o poeta que espreita a janela de sua própria alma. Conquanto, é um menino que também habita o homem na vida adulta. Diz logo nos versos de abertura: “(…) eudeixei o menino / Mas o menino não me deixou”.

Conclusão. As obras aqui relacionadas, apesar de todas as suas diferenças de épocas, de gêneros literários, discursos, forma ou estilo, tratam de algo que é recorrente, do “eterno menino" que convive com os poetas, filósofos e artistas, tanto na cultura clássica (consagrada) quanto popular. Por exemplo, lá de Minas, canção, lançada no final dos anos 70, Bola de meia, bola de gude, de Milton Nascimento e Fernando Brant:

Há um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto balança
Ele vem para me dar a mão

Segundo a crítica, este novo trabalho revela o trajeto de 30 anos de arte do autor, poeta, performer, Ecoperformances, multiartista, desde sua estreia em 1986 com Lágrimas & orgasmos até chegar aos dias atuais com publicações, reconhecimentos e premiações relevantes.

Ressalvo ainda que o menino de Sezostre tenha, por vir, tantas outras leituras, e inclusive suas perfomances, por espaços públicos ou privados, colocando em trânsito a obra em questão, consoante uma perspectiva da estética relacional (BOURRIAUD, 2009), para “além de sua forma material”, por intervenções, contato, convívio, através de vias alternativas de comunicação.

Aqui está o livro como objeto de comunicação e obra de arte. Façam novos amigos através do texto, da literatura. Esse menino faz parte agora do catálogo KK.


Encontro, 21/06/16, de Mily Schabbel, autora de A Ovelha Negra, Katarina Kartonera, 2016, na Casa das Rosas, Centro de Apoio ao Escritor, com o coordenador, editor e poeta Reynaldo Damazio.

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Local: Avenida Paulista, nº 37.

Acesse: http://www.casadasrosas.org.br/


A Ovelha Negra, por Mily Schabbel.

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Schabbel

Nos anos 60, iniciou sua carreira lecionando e dirigindo uma escola do Sesi.

A partir dos anos 70, passou a desempenhar, juntamente, com a atividade docente, um trabalho com a Espiral Filmes, de George Jonas, produtora de comerciais para a TV, na função de redatora responsável pela comunicação.

Nos anos 80, acrescentou a estas atividades uma nova tarefa: trabalhar com crianças e adolescentes deficientes. Empenhou aí tempo, vontade e uma vocação latente. Além da experiência em sala de aula, emprestou a esses alunos, sua visão ou, mais precisamente, seus olhos! Eram todos integrantes do Instituto de Cegos Padre Chico em São Paulo.

Nos anos 90, dando continuidade às suas atividades, migrou para a George Jonas International, trabalhando com textos publicitários para a América Latina.

Como autora de livro, em que pese o tempo, é “marinheira de primeira viagem".

Classificação: Fábula.


Bem-vindos à Katarina Kartonera, editora alternativa que transforma lixo (papelão) em luxo, livros-arte.

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Adriana Peliano* produz série exclusiva de capas para Mínima Alice (2015), do saudoso Wilson Bueno, publicado pela cartonera, em comemoração ao 150 anos da obra Alice no País da Maravilhas de Lewis Carrol.

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Peliano é artista visual, designer, escritora e fundadora da Sociedade Lewis Carroll do Brasil.

Acesse http://alicenations.blogspot.com.br/


ANTOLOGIA.

Biblioteca Latino-Americana divulga catálogo livros-arte Katarina Kartonera.

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https://www.facebook.com/bib.latinoamericana/photos/a.162652600593298.1073741827.162640880594470/420170804841475/?type=1

A Biblioteca Latino-Americana recebeu em seu acervo livros do catálogo da Katarina Kartonera. A editora transforma papelão recolhido por catadores em objeto de arte: livros com capas pintadas à mão e que nunca se repetem.

Artigo da revista Nuestra América, número 46, traz matéria sobre esse trajeto.

Acesse o link: http://www.memorial.org.br/…/uplo…/2007/03/revista46-esp.pdf

(Na foto:Aparecida Guimarães, gerente da Biblioteca, e Evandro Rodrigues, editor responsável KK.)


Livros Katarina Kartonera no acervo Espaço da Palavra, Casa das Rosas.

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http://www.casadasrosas.org.br/


Reynaldo Damazio, coordenador Centro de Apoio ao Escritor, e Frederico Barbosa, Diretor da Casa das Rosas, receberam Katarina Kartonera e Adriana Peliano, ilustradora, no lançamento de Mínima Alice, por Wilson Bueno, celebrando os 150 anos de publicação de Alice no país das maravilhas, de Lewis Carroll.

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http://www.lewiscarrollbrasil.com.br/


ALICENAGENS!

Blog de Adriana Peliano, presidente Sociedade Lewis Carrol do Brasil, divulga Lançamento do livro Mínima Alice, escrito por Wilson Bueno, com publicação Katarina Kartonera.

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Mínima Alice é um texto escrito por Bueno e dedicado à Adriana Peliano, apresentado durante evento Um dia, Alice, em 11 de abril, 2010, no auditório do Centro Cultural Brasileiro Britânico, São Paulo.

Diz a ilustradora:

"Mínima Alice" ficou guardada comigo durante esses anos de saudades, até que resolvi acordá-la em homenagem ao aniversário de 150 anos da obra de Lewis Carroll "Alice no País das Maravilhas". Apresentei então o conto para Evandro Rodrigues da editora Katarina Kartonera que se entusiasmou e se dedicou a produzir uma edição limitada do conto com minhas colagens, incluindo uma versão especial com impressão a cores e papéis coloridos. As capas são produzidas manualmente por Evandro e os parceiros da editora, fazendo de cada exemplar uma peça única".

Vide http://alicenagens.blogspot.com.br/2015/08/minima-alice-conto-de-wilson-bueno.html

Colaboração na confecção das capas Avani Brizzi Zwanziger e Índio no corte e costura do papelão.


Setembro, 2015, Katarina Kartonera completa 7 anos.

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Editora de literatura contemporânea.


Entrevista com escritor e editor Washington Cucurto.

Cucurto, pseudônimo de Santiago Vega, nasceu em 1973, em Quilmes, Buenos Aires, Argentina. Criador do estilo narrativo chamado "Realismo Atolondrado"., escreveu, entre outros, as novelas, Fer, Panambí, Noches Vacías, Casa de Negros e El Amor es mucho más que una Novela, 1999: Poemas de Siempre, Poemas Nuevos y Nuevas Versiones e La máquina de hacer paraguayitos (poesia).

Produz narrativas, para muitos ácidas. Narra, com neologismos, recorrendo às minorias e os marginais (excluídos), numa maneira de ver o latino-americano e o mundo através da vivência e da leitura de livros que encontra em livrarias e sebos. Sujeito de origem simples descobriu "tardiamente", adulto, a literatura. Fez dela seu trabalho, sua fonte de renda e seu modo de ser. Cucurto e Javier Barilaro, artista plástico, em 2003, fundaram o coletivo Eloísa Cartonera. Espaço de publicação de livros-arte, feitos à mão, com capas de papelão, e que por isso mesmo nunca se repetem.

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Entrevista em vídeo https://www.youtube.com/watch?v=n-v7AwTBrzA

Cartonerismo é um fenômeno, consolidado, depois de muitas aparições em matérias de jornais e revistas importantes, espalhou-se pela América Latina e ganhou o Mundo. Estão entre tantas outras:

Animita Cartonera (Chile), Atarraya Cartonera (Puerto Rico), Barco Borracho (Argentina), Caracoles y kurupis (Uruguay), Cartonera Cohuina (México), Cartonerita Solar (Argentina), Casamanita cartonera (México), Cizarra Cartonera (El Salvador), Dulcinéia Catadora (Brasil), Eloisa Cartonera (Argentina), Felicita Cartonera (Paraguay), Katarina Kartonera (Brasil), kutsemba cartão (Moçambique), La Cartonera (México), La propia cartonera (Uruguay), Luz Azul (República Dominicana), Mamacha Cartonera (Colômbia), Matapalo Cartonera (Equador), Mehr als Bücher (Alemanha), Mburukujarami Kartonera (Paraguay), My Lourdes Cartonera (El Salvador), Nicotina Cartonera (Bolívia), Otracosa Cartonera (Peru), Patasola Cartonera (Colômbia), PoesiacomC (Suécia), Regia Cartonera (México), Santa Muerte Cartonera (México), Sarita Cartonera (Peru), Textos de Carton (Argentina), Ultramarina Cartonera (España), Yiyi Jambo (Paraguay), Olga Cartonera, Cartonera la Cecilia, Julieta Car Tonera, Nauyaca Cartonera, Babel Cartonera, Cohuiná Cartonera, Pachuk Cartonera Editorial, Meninas Cartoneras Editorial, Cartonero Delahogadoelsombrero, Cartonera Helecho, La Fonola Cartonera, Kodama Cartonera, Kiltra Cartonera Chile, La Sofía Cartonera, La Ratona Cartonera, La Gurisa Cartonera, Cartonera Del Toro, Atarraya Cartonera, Cartopiés Cartonera, Ultramarina Cartonera, La Cabuda Cartonera Editorial, La Verdura Editorial Cartonera, Siete Lenguas Cartonera, Nuestro Grito Cartonero Pachuca, Cieneguita Cartonera, La Regia Cartonera, Amapola Cartonera, Niñobúho Cartonera, Editorial Benicia Cartonera, Matapalo Cartonera, Casamanita Cartoneira, Textos De Carton Editorial, Ñasaindy Cartonera Editorial, Bakcheia Cartonera, Eqquss Editorial Cartonera, Carmela Cartonera, Editorial La Propia Cartonera, La Gata Viuda Cartonera Chile, La Cartonera Editorial En Cuernavaca, Meninas Cartoneras Editorial, Carolina Cartonera, Cephisa Cartonera, Yerba Mala Cartonera, Bela Cartonera, Aida Cartonera, Mandrágora Cartonera editorial, Cartoneraisland, Anfibia Cartonera, La Apacheta Cartonera, Astromántica Cartoneira e Carretera Cartonera.

Entrevista realizada durante 7º Festival de Arte Negra, de 22 a 27 de outubro, 2013, Belo Horizonte. Patrocínio Fundação Municipal de Cultura e Prefeitura de Belo Horizonte.

Convite de Ricardo Aleixo, poeta e organizador do evento.


Editora Katarina Kartonera e Adriana Peliano, ilustradora e presidente da Sociedade Lewis Carrol, anunciam, em breve, agosto 2015, o livro cartonero Mínima Alice, por Wilson Bueno.

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Em julho de 2015, Alice no País das Maravilhas, obra de Lewis Carrol, completa 150 anos.

Visite: http://www.lewiscarrollbrasil.com.br/


Crítica

Recebemos versão eletrônica do Correio das Artes, suplemento literário do jornal A União, da Imprensa Oficial da Paraíba, com sede em João Pessoa. Este jornal circula há 122 anos e o Correio há 66 anos [A edição impressa circulou hoje encartada].

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O suplemento traz, nas respectivas páginas 14 e 15, leitura "Certa Poesia de um brasilianista", produzida pelo Dr. Amador Ribeiro Neto, poeta, crítico de literatura e professor da Universidade Federal da Paraíba, tratando sobre o livro Deliranjo, Editora Alternativa Katarina Kartonera, 2013.

Charles A. Perrone é professor de literatura e cultura luso-brasileira na Universidade da Flórida (EUA).

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Katarina Kartonera lança livro Sinapse, poesia além-mar, de Moçambique, andarilha e underground:

"Reclamo o direito à diferença
Se apenas nas franjas da sociedade
Obtive o sentimento de pertença
Foi porque aí encontrei alma e diversidade" [Nunes Zarel•leci]

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Porto, MMXV

"Nunes Zarel•leci nasceu em 1970 em Maputo (Moçambique). Desde os 5 anos que vive no Porto (Portugal). Na década de 90 viajou pela Europa de mochila. Pertenceu ao Movimento Okupa. Entre 1999 e 2005 viveu em Barcelona, onde recolhia cartão, papel e sucata entre outros trabalhos pela Ibéria. Foi artista de rua, feirante e temporário agrícola. É autor de fanzines anarco-punks e de livros de poesia. É Cordel Amarelo no Jogo da Capoeira. Frequenta Associações Ecologistas e de Solidariedade Social".


QUEM TEM E QUEM NÃO TEM [ halves and have nots],

Artigo trata da poesia de Charles A. Perrone, professor do Departamento de Espanhol e Português da Universidade da Flórida. Comenta Dr. Prof. Amador Ribeiro, Universidade Federal da Paraíba - UFPB, área da Teoria da Literatura:

"O interesse de Perrone por nossa língua e cultura é antigo. Por isto mesmo é fácil encontrar inúmeros artigos seus em livros, revistas e suplementos literários". [Texto na íntegra em https://augustapoesia.wordpress.com/2015/05/22/quem-tem-e-quem-nao-tem/]

Prova disto é a publicação, bilíngue português / inglês, de PERRONE, Charles A. Deliranjo. Florianópolis, SC. Ed. Katarina Kartonera, 2013, 23 p.

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Katarina Kartonera segue por vias alternativas ao mercado, atingindo alto nível de produção e circulação sem fronteiras.


Sinapse

Se Baudelaire vivo estivesse quiçá diria, vem de Portugal para o Brasil outro homem da multidão, num mundo pós-industrial. Nunes Zarel•leci é pseudônimo de Noé Alves. Itinerante que produz poesia com material recolhido do lixo e o transforma em luxo. Este "estrangeiro”, ator, artista de rua, nesse espaço, hospedeiro, alternativo, editorial, dá agora voz à poesia feita por quem tem práxis da reciclagem e busca como militante pela solidariedade. Palavras chaves: entre outras, clandestino, orbícola, mochila, grei, movimento okupa, puzzle.

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Bem-vindos ao português de Portugal [x]!


Histórias do Córrego Grande, de Leandro Durazzo.

Alimentou os gatos que viviam na encosta do morro, assustou inúmeros insetos e supõe-se que tenha matado tantos mais, de forma acidental. É autor de tripitaka (poesia, Ed. Medita, 2014) e Gestação de Orfeu (ensaio, Ed. Multifoco, 2013). Tem lecionado antropologia na UFRN.

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A Carne do Metrô, de Rodrigo Lopes de Barros , editora Alternativa Katarina Kartonera, é tema de artigo, área da linguística, por Milton Francisco, UFAC - Universidade Federal do Acre.

Título: OS PROGRAMAS NARRATIVOS DE “A CARNE DO METRÔ”, CONTO DE RODRIGO LOPES DE BARROS: DO MAIS MENOS AO MAIS MAIS

Resumo

Neste artigo, utilizando a teoria semiótica, fazemos uma leitura do conto “A carne do metrô”, de Rodrigo Lopes de Barros, jovem contista brasileiro. Exploramos especialmente os conceitos de percurso e programa narrativos, actantes, junção, competências modais do sujeito. Também, fazemos uma breve leitura do conto à luz da semiótica tensiva e tecemos considerações sobre o sentido submerso, tratando-o como ironia.

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Vide http://seer.fclar.unesp.br/casa/article/view/6555


Livro publicado pela Katarina Kartonera é mencionado em Pequena Biblioteca para crianças: um guia de leitura para pais e professores, em capítulo "Três contos de Kurt Schwitters: o surrealismo e a proximidade com a infância", por Dirce Waltrick do Amarante, editora Iluminuras, SP, 2013.

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Diz a autora, no prefácio, “meu objetivo, aqui, é ampliar e diversificar o universo literário dos adultos, pois são eles que, na maioria das vezes escolhem os livros que as crianças lerão (…). Essa preocupação com repertório de literatura menos óbvia não significa de minha parte dar costas aos autores clássicos, mas me levou destacar neste livro obras hoje menos conhecidas”.

Dirce Waltrick do Amarante é tradutora, ensaísta e professora na Universidade Federal de Santa Catarina. Pesquisadora e escritora, já finalista prêmio Jabuti, traz agora à tona livros, autores e temas relevantes que foram deixados pelo caminho. Igualmente descobre escritores contemporâneos e atualiza a discussão a cerca da literatura infantojuvenil. Trata-se dum cardápio novo, riquíssimo.

Contos Maravilhosos de Kurt Schwitters, juntamente com Receitas, de Edward lear (tradução Dirce Waltrick do Amarante), Katarina Kartonera, formaram a bibliografia básica durante Oficinas cartoneras edital Biblioteca Nacional / Funarte de circulação literária, 2013.

http://oficinascartoneras.blogspot.com.br/


FAN, 7º Festival de Arte Negra, Belo Horizonte, Minas Gerais, 2013, reúne Katarina Kartonera e Eloísa Cartonera.

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Evandro Rodrigues, editor responsável KK, e Washington Cucurto, escritor, criador do "realismo atolondrado" e fundador da editora argentina Eloísa Cartonera, "mucho más que llibros".


Cicatrizes: ensaio sobre as línguas africanas faladas no brasil, editora Katarina Kartonera, por Evandro Rodrigues. Distribuição GRÁTIS durante o Festival de Arte Negra (FAN), Belo Horizonte, Minas Gerais, 2013.

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3ª edição e-book https://pubhtml5.com/nxyg/xrrx


Katarina Kartonera é um projeto editorial de caráter literário, filosófico e artístico, de vanguarda, com um pensamento sem fronteira, autônomo, sem auspício oficial institucional algum, que visa sempre oferecer oficinas para produções de livros artesanais e ecológicos, como fonte alternativa de renda autossustentável, pela democratização do livro e da leitura. A proposta segue basicamente os padrões de outras cartoneras sul-americanas, por exemplo, Eloísa Cartonera (Arg.), Yiyi Jambo (PY), Sarita Cartonera (Peru), e outras tantas que a serviram de inspiração. Katarina se refere ao estado de Santa Catarina (BR); Kartonera é uma referência ao modelo de produção dos livros, feitos artesanalmente a partir dos papelões (cartón ondulado em espanhol), material reciclado com que se faz as capas, e em parceria com os catadores de papelão, cartoneros.

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Esta editora alternativa, Katarina Kartonera, desdobrou-se de uma pesquisa de bacharelado, posteriormente de mestrado, por Evandro Rodrigues, na Universidade Federal de Santa Catarina — UFSC, área de concentração das teorias literárias, e, sobretudo, depois de muitos encontros, desde o final do ano de 2008, entre escritores, intelectuais e artistas da região sul do Brasil. O grupo formado em Santa Catarina, cidade base de Florianópolis, exercendo atividades itinerantes, publica narrativas e literaturas contemporâneas, promovendo oficinas literárias, transformando papelão (lixo) recolhido pelos catadores em objeto de arte: livros com capas pintadas à mão e que por isso mesmo nunca se repetem; esculturas, pinturas e outros objetos, fomentando projetos sociais relacionados à leitura, difundindo literatura latino-americana. Publica desde jovens vanguardistas até escritores consagrados, por exemplo, Sempre, para sempre, lá e cá, de Aurora Bernardini, O Sexo Vegetal, por Sérgio Medeiros e O Gato Peludo e o Rato-de-Sobretudo, de Wilson Bueno. As obras desta editora já fazem parte de importantes acervos, entre outros, do Museu da Infância, de Criciúma, Museu do Mar, em São Francisco do Sul — SC, Casa da Gávea (RJ), Universityof Texas at Austin — USA, University of Wisconsin — Madison — USA, Universidad Vigo (ESP).

A forma básica de divulgação é por exposições, participações em eventos literários, oficinas, e pela internet, mantendo um vínculo de amizade com todos os demais coletivos (não temos números atualizados, mas estima-se hoje aproximadamente mais de 300, e podemos dizer seguramente com milhares de títulos publicados em diversos idiomas), que espalhados pelas Américas, Europa (Alemanha, Espanha, França e Suécia) e agora em Moçambique, na África, propagam e disseminam a proposta.

Katarina kartonera já participou de importantes eventos, entre outros, IV Simpósio Roa Bastos — Imaginários Bélicos (09/10/2009), promoção do núcleo NELOOL — Núcleo de Estudos em Literatura Oralidade e Outras Linguagens, da Universidade Federal de Santa Catarina — UFSC, sob o título Katarina Kartonera e outras perspectivas editoriais, A Arte e as Exceções: O portunhol selvagem e outras propostas contemporâneas, na Casa da Gávea, dias 1 e 2 de setembro, 2009, Rio de Janeiro, da 5ª Feira Nacional do Livro de Poços de Caldas e 4ª Flipoços — Festival Literário de Poços de Caldas, entre 24 de abril a 2 de maio de 2010, como organizadora do evento comemorativo Yiyi Jambo completa 3 anos & Katarina Kartonera completa 2 anos, na Casa das Rosas, São Paulo, 1Ra. Feria del Libro Kartonero del Mercosur, dias 8, 9, 10 e 11 de Junho de 2011, no Centro Cultural Manzana de la Rivera, cidade de Assunção, Paraguai, Salão Internacional do Livro, Foz do Iguaçu-PR.


Trajeto Kartonero, 2011, de Evandro Rodrigues, publicado pela editora Alternativa Katarina Kartonera, Florianópolis ─ SC, é capa da matéria Carteleiras: literatura reciclada, por Reynaldo Damazio, Nossa América, revista do Memorial da América Latina (SP), Nº 46 ─ 3º trimestre, 2012.

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Trajeto Kartonero, por Evandro Rodrigues, em formato livro, com capas que não se repetem.

Pós-dissertação pioneira sobre o fenômeno cartonero, pesquisa realizada na Universidade Federal de Santa Catarina / UFSC, 2011.
e-book http://katarinakartonera.wdfiles.com/local--files/inicial/trajeto%20kartonero%20vers%C3%A3o%20final%205%C2%AA%20edicao.pdf

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PREFÁCIO

Desejo e escritura

O livro de Evandro Rodrigues oferece um registro bastante detalhado das editoras cartoneras que começaram a surgir na América Latina no início dos anos 2000, publicando livros artesanais, feitos com capas de papelão recolhidos por catadores de lixo. Hoje, já são aproximadamente quarenta, espalhadas por vários países, e cada uma delas, diz o autor, se manifesta “similarmente como aquele primeiro modelo editorial [o da editora Eloisa Cartonera, da Argentina], ampliando tal exercício poético, ecológico, cultural, político e filosófico”.
Evandro Rodrigues, ele mesmo, é o editor de uma cartonera, a Katarina Kartonera, com sede em Florianópolis. Evandro define sua cartonera como “um projeto editorial de caráter literário, filosófico e artístico, de vanguarda, com um pensamento sem fronteira, autônomo, sem vínculo oficial institucional algum. A proposta segue basicamente os padrões de outras cartoneras sul-americanas […]” Neste livro, Evandro chama a atenção para o fato de ser ele próprio autor de um livro cartonero, desse modo ele se põe no texto em todos os sentidos, já que é parte de seu objeto de pesquisa. E agora publica sua pesquisa no formato cartonero!
Em Tempo de pós-crítica, Eneida Maria de Souza afirma que, num texto onde o autor se confunde com o objeto, corre-se “o risco de apresentar um relato no qual o sujeito-autor se manifesta de forma neutra, na ilusão de apagar as marcas do vivido – ou abandona-se à declaração da interioridade, tecendo narcisicamente o enredo de experiências.”
Evandro não se enquadra nesses casos: ele opina e se insere no texto, conta suas experiências, mas não de forma narcísica – ele olha no Outro, preservando sempre o “desejo da escritura”, na expressão de Roland Barthes:

O trabalho (de pesquisa) deve ser assumido no desejo. Se essa assunção não se dá, o trabalho é moroso, funcional, alienado, movido apenas pela necessidade de prestar um exame, de obter um diploma, de garantir uma promoção na carreira. Para que o desejo se insinue no meu trabalho, é preciso que esse trabalho me seja pedido não por uma coletividade que pretende garantir para si o meu labor (a minha pena) e contabilizar a rentabilidade do investimento que faz em mim, mas por uma assembléia viva de leitores em quem se faz ouvir o desejo do Outro (e não o controle da Lei).

A respeito do ensaio de Evandro, cabe muito bem a seguinte opinião de Eneida Maria de Souza: “a dificuldade em escolher o tom e a justa medida quando o indivíduo se propõe falar de si deve-se, em parte, ao recalcamento sofrido pelo sujeito da enunciação do discurso crítico, até então voltado para a busca do rigor científico.” Evandro segue seu propósito de apresentar as cartoneras e a si próprio, porém longe de sofrer esse tipo de recalque. Ele não se sente acuado diante do “código convencional da escrevença”, como diria Barthes, nem se crê falsamente exterior ao objeto de estudo.
Segundo Barthes, a propósito, “talvez já esteja na hora de abalar uma ficção: a ficção que quer que a pesquisa se exponha, mas não se escreva.”
Quanto às editoras cartoneras, objeto de estudo de Evandro, elas são definidas por ele como uma arte “mobilizadora de ações, intervenções e contatos” que invade as cidades, “melhorando a autoestima de alguns indivíduos marginalizados, transformando lixo em luxo, arte representativa em arte relacional, literatura individual em ato coletivo, seja nas ruas ou em eventos.” Evandro parece buscar daí a força de sua escrita, que é tecida com a autoestima de quem conhece o objeto de perto e ganhou experiência com ele.
Outro ponto que destaco na sua pesquisa, fruto de uma dissertação de mestrado defendida na Universidade Federal de Santa Catarina, é ser seu texto duplamente utópico. A utopia está presente na sua escritura, ou seja, “na paixão presente” no texto, que a instituição de um modo geral não está pronta para dar a um estudante, embora deseje isso de seu pesquisador — aí está “apenas um pedacinho de utopia”, diria Roland Barthes.
A utopia também aparece na abordagem de seu objeto de estudo. Segundo Evandro (outros simpatizantes cartoneros compartilham dessa mesma opinião), a função das editoras seria o de “difundir literatura de maneira democrática e acessível”. Lê-se no seu ensaio que,

o livro na óptica do lucro, financiado pelo capital privado, não passaria de objeto de consumo, desbotado de seu valor cultural e artístico. A produção de livro em massa exclui certos textos, contextos e escritores, ficando estes não autorizados pela competitividade imposta. Os marketings dessas empresas desvalidam qualquer outro produto não autorizado, discriminando as formas não consagradas.

As cartoneras lutariam justamente contra isso, mais um sonho quimérico, e nem por isso menos importante, de escritores de países latino-americanos.
O escritor Wilson Bueno, morto recentemente, foi um membro muito ativo do movimento cartonero e confirma o discurso de seus simpatizantes. Numa se suas entrevistas, levantadas por Evandro, ele afirma:

tenho cedido meus direitos autorais aos cartoneros de vários países, pois sou um guevarista hasta la derradera ternura. Não confundir com castrismos autoritários e stanilistas, por favor. A utopia do Che é mais para o Cristo do que para o Lenin ou para os sórdidos irmãos Castro. Guevara não aprovaria absolutamente nada do que ocorre hoje em Cuba, por exemplo. Escapou da Ilha em tempo, para se doar ao mundo. E morreu na mão de ratos fardados […]

Por fim, não poderia deixar de mencionar a expressão “vanguardismo primitivo”, usada por muitos, entre os quais Douglas Diegues, figura fundamental do movimento cartonero que se expressa em portunhol selvagem, para classificar as produções cartoneras. Quando perguntado sobre o significado da expressão, Diegues afirmou:

non significa nada. Y pode significar algo. Algo no plural. Algo que non se puede explicar sem reduzir a algo. La energia original de los Orígenes. El poder de la inbención de las palabras sinceramente sinceras. Algo que non pode ser reduzido a um pensamento único. O antigo y el agora a la vez. El futuro mezclado al passado en un libro. La inbención en vez de la cópia. La liberdade sem nome. La liberdade ensaboada. La liberdade xamanístika celebratória de la tatoo ro' ô de la vida. El verso a las vezes como un besso sinceramente sincero que nim las mais hermozas y caras bandidas vendem. El freskor de llamas y rocio de las mentiras verdadeiras escritas ou pintadas com la sangre del próprio korazón.

Evandro é seguramente um vaguardista primitivo, faz do ensaio uma poesia, um manifesto, um discurso político e panfletário cheio de “mentiras verdadeiras escritas ou pintadas com la sangre del próprio korazón”.
É com as palavras de Evandro, ao anunciar a chegada das cartoneras no centro da cidade de São Paulo, que convoco os leitores a participar da leitura desse ensaio: “Chamamos as pessoas com megafone. Começa a oficina. Pessoas de todas as idades se aproximam; curiosidade, pincéis e tintas sobre a tábua apoiada em cavaletes”.

Dirce Waltrick do Amarante


Notícias da UFSC

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Projeto Oficinas Cartoneras ganha bolsa da Biblioteca Nacional

http://noticias.ufsc.br/2013/01/16/projeto-oficinas-cartoneras-ganha-bolsa-da-biblioteca-nacional/

PROJETO LITERÁRIO ECOLÓGICO E AUTOSSUSTENTÁVEL

Oficinas cartoneras é um projeto educativo editorial de caráter literário, filosófico e artístico, de vanguarda, com um pensamento sem fronteira, autônomo, com auspício do MinC, Funarte e Fundação Biblioteca Nacional, que visa oferecer oficinas cartoneras para educadores de redes de ensino de escolas públicas das seguintes cidades, Abelardo Luz e Bom Jesus (SC), Novo Horizinte e Itaeté (BA) e João Pessoa e Mamanguape (PB).

O ensino desta técnica consiste na produções de livros artesanais e ecológicos, como fonte alternativa de renda autossustentável, pela democratização do livro e da leitura. A proposta segue basicamente os padrões de organizações cartoneras sul-americanas, por exemplo, Katarina Kartonera. Katarina se refere ao estado de Santa Catarina (BR); Kartonera é uma referência ao modelo de produção dos livros, feitos artesanalmente a partir dos papelões (cartón ondulado em espanhol), material reciclado com que se faz as capas, e em parceria com os catadores de papelão.

O projeto (itinerante) terá duração de seis meses, a contar do início do ano letivo escolar, 2013.


Abrimos 2013 dando asas ao espírito cartonero. Poesia!

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Deliranjo, por Charles A. Perrone.

(bilíngue português / inglês)

Um pedestre dantesco

o risco de um vivo giro
de volta por estas ruas de fumaça
cruzeiros abruptos de concreto e mechas
por trilhas de poeira, plumas e máquinas ferais
não é menos um pano abrigo pra cobrir perigos
da raiva e da cobiça, a paixão pela satisfação imediata
via crucis de ganho de grupo tiros de lucro de teus erros
perna passada, em pé, de pé, de joelhos, prostrado e liso
no meio do caminho, detenha a longa árida noite da venda
lasciva e ruidosa, grupos crus de nuvens de tinta e ferrugem
para lançar dúvidas sobre tua vida (que é nossa vida)
uma clássica mortalha e agora falante extinto
teus lábios fechados com cera, verniz
e cromo, jazes imóvel debruçado no
pavimento jamais andar
nem subir alturas itálicas
só pra cair tenebroso
inferno algum
eterno distante

(tradução de régis bonvicino, odile cisneros, e o autor)

Dedico isto à memória de Wilson Bueno.

Viva a Kartonera!

Sobre o autor CHARLES A. PERRONE é professor titular de português e de literatura /cultura luso-brasileiras no Departmento de Espanhol e Português da Universidade da Flórida, Gainesville. Seu mais recente livro é Brazil, Lyric, and the Americas (Florida, 2010). É tradutor de ficção e poesia brasileiras. Sua vida secreta como poeta publicado abrange Nova York, Texas, Chicago, México, Califórnia, o Brasil e a Internet. Acompanha lidas ecológicas desde os idos dos anos setenta…

Site profissional: http://web.clas.ufl.edu/users/perrone
Blog geral: http://charlesaperrone.blogspot.com, que tem link para o site poético = https://sites.google.com/site/caplandsite
email caseiro: ten.xoc|enorrepac#ten.xoc|enorrepac

Baixa aqui grátis Deliranjo em e-book / pdf http://katarinakartonera.wdfiles.com/local--files/inicial/PerroneKartonera.pdf

catálogo de livros http://katarinakartonera.wikidot.com/livros


Katarina Kartonera na XXIII Feira do livro infantil do SESC e XX Feira do livro de Ijuí-RS, 6 a 11 de novembro de 2012.

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Crianças compartilham com entusiasmo das oficinas, produzindo livros-arte e ecológicos. O cartonerismo expande cada vez mais. Parabéns para Cephisa Cartonera!

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Festival Amerca - Vincennes (09.12) (48 fotos)

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Receitas, por Edward Lear. Tradução de Dirce Waltrick do Amarante:

"O escritor, pintor e desenhista inglês Edward Lear (1812 -1888), um dos pais da literatura nonsense vitoriana, junto com o também inglês Lewis Carroll, autor de Alice no país das maravilhas, era adepto de pratos “insensatos” e propôs a seus leitores um cardápio nada convencional (…)"

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A tradutora Dirce Waltrick do Amarante nasceu em Florianópolis (SC). É professora do curso de artes cênicas da UFSC, dramaturga, ensaísta e tradutora. Lear, Joyce e Ionesco são alguns dos autores que traduziu para o português.


As metades do corpo, de Ricardo Aleixo, na Katarina Kartonera

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(coleção de literatura contemporânea / livro-arte com capas que não se repetem).

Artista visual / sonoro, ensaísta e editor. Publicou, entre outros, os livros Trívio (2001) e Modelos vivos (2010 ─ finalista dos prêmios Portugal Telecom e Jabuti (2011). Edita a revista Roda ─ Arte e Cultura do Atlântico Negro e a Coleção Elixir. Concentra seus projetos de criação e pesquisa no LIRA / Laboratório Interartes Ricardo Aleixo, na periferia de Belo Horizonte, cidade onde nasceu em 1960.


Anúncios, por Adolfo Montejo Navas.

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Navas traz para os leitores da Katarina Kartonera, como este vaga-lume, Anúncios, edição bilíngue (português/español), tradução Ronald Polito.

Poema encarnado de “uma nova luz”, usando “o vocativo para sair já rasurando fora do originário”. Para aqueles que acreditam que “a vida é melhor aqui". Concordando ou não, o importante mesmo é usar da palavra que precisa ser enunciada e anunciada. Navas é homem experiente nas letras, madrilenho que mora no Brasil há 20 anos. É poeta, tradutor, crítico e curador independente.

Anúncios, originalmente escrito em espanhol, em 2006, era livro inédito até agora.

A sua obra poética e aforística está reunida em: 30 Duetos, em Poemas-Cadernos de Literatura 3, com Armando Freitas Filho (Impressões do Brasil, Rio, 1996), Inscripciones (Coda, Madri, 1999), Íntimo infinito (Moby Dick, Rio, 2001), Pedras pensadas (Ateliê, São Paulo, 2002), Na linha do horizonte/Conjuros (7 Letras, Rio, 2003), 49 silêncios (ed. do autor, com Dupla Design, Rio, 2004), 6 Poemas instrumentais (Ed. objeto, Rio, 2005), Da Hipocondria (aforismos e fragmentos) (7 Letras, Rio, 2005), Esse animal de água (Espectro Editorial, Belo Horizonte 2005), Sem título mas com ímã (RevistAtlántica, Cádiz, 2006; Espectro Editorial, São Paulo & Juiz de Fora, 2008), Ventreadentro (com Diana Araujo Pereira, Ed. do autor, Rio, 2006) e Sobre tempo (Calendário com Dupla Design, Rio, 2007) No prelo encontra-se Sinais (Demônio Negro, São Paulo, 2012) e em breve, Sem título mas com ímã e outros poemas (Ateliê, São Paulo).

Como tradutor destacam-se as edições: Poemas de Álvaro de Campos/Fernando Pessoa, I, II e III (Hiperión, Madri, 1998) e Correspondencia Celeste (Nueva Poesía Brasileña 1960-2000) (Árdora, Madri, 2001), além de diversos livros de Armando Feitas Filho (Cabeza de hombre, Hiperión, 1995, Toma de tierra, DVD, Barcelona, 2002), Sebastião Uchoa Leite (Contratextos, DVD, 2001), Carlos Drummond de Andrade (Sentimiento del tiempo, Hiperión, 2005), e em breve Waly Salomão (Algarabías y otros poemas).


Continua… http://katarinakartonera.wikidot.com/eventos


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